Actividades

     

 

Actividades estruturadas e planeadas que despertem o interesse do doente contribuem para uma melhor qualidade de vida destes doentes e ajudam a controlar a agitação, raiva, depressão e frustração. As actividades terapêuticas devem estar relacionadas com os interesses do doente e devem tirar o máximo proveito das capacidades do mesmo no presente momento. No fundo, o que se pretende é que com as actividades de lazer sobressaiam as , capacidades, hábitos e interesses do doente para que este se sinta socialmente integrado.

Informação ao Cuidador
  • Actividades simples e que evidenciam as capacidades do doente são preferíveis.
  • Não criar grandes expectativas em torno das actividades, uma vez que os resultados são imprevisíveis. Não existem dois dias iguais.
  • Ajudar o doente a iniciar a actividade e organizá-la por etapas contribui para o seu sucesso.
  • Procurar sinais de agitação ou frustração no decorrer da actividade. Sempre que o doente se sentir aborrecido, tentar distraí-lo com outra actividade ou tema de interesse.
  • Incluir o doente em actividades diárias, como preparar uma refeição e ajudar a arrumar a cozinha, faz com que este se sinta integrado e feliz no seio familiar.
  • Participação em actividades organizadas por instituições (por exemplo centros de dia) é benéfica tanto para o cuidador como para o doente.

 

Tente encontrar tarefas e actividades que o doente goste. Pensar no que ele gostava de fazer anteriormente à doença ou quando era jovem pode ser um bom exercício para descobrir actividades interessantes. Por vezes é necessário simplificar as actividades e dar assistência para que o doente a consiga realizar ou se adapte a esta (por exemplo andar numa bicicleta estacionária em vez de uma bicicleta real). Aconselha-se a inovação e procura de novas actividades cujo doente seja capaz de executar, física e mentalmente. A escolha da actividade depende do tempo disponível para a sua realização, recursos financeiros, interesses e capacidades do doente.

Algumas ideias úteis, não dispendiosas e perfeitamente ajustáveis ao tempo disponível:

Caminhadas: proporciona o contacto com a natureza, sendo também uma forma de exercício físico;

Dança: a maior parte dos indivíduos apreciam a música;

Ler: livros, jornais, …

Ver televisão e filmes familiares antigos;

Ver álbuns de fotografias;

Participar em festas tradicionais, religiosas e familiares;

• Ter companhia de animais ou de crianças;

Jogos (dominó, cartas, …);

Pintar: pode ser uma forma de comunicação e expressão;

Jardinagem;

Coleccionar e arranjar objectos;

• Se o doente domina uma língua estrangeira, pode ser interessante ouvir músicas e ver filmes dessa língua ou, se possível, conversarem nesse idioma.

Exercício Físico

Exercício físico regular e actividade física são importantes para o estado de saúde quer físico quer mental para a maioria dos indivíduos. Os doentes com Paraparésia Espástica Hereditária não são excepção e, a prática de exercício físico é vantajoso tanto para este como para o cuidador. A escolha do tipo de exercício a praticar fica ao critério destes. Caminhadas, natação, ténis, dança, jardinagem são actividades que podem ser realizadas pelos dois. A autonomia do doente é encorajada, ou seja, o objectivo não é a perfeição mas a prática. Inicialmente, os exercícios poderão ter que ser simples ou começar por períodos de tempo mais curtos, no entanto, todos os programas podem ser ajustados às necessidades do paciente, podendo ser necessário torná-los mais simples ou então ir um pouco mais longe.